Módulo 1

Trabalho de grupo realizado por Carla Silva e Lara Paiva

Comentário individual:


Enquanto docente de Educação Especial (EE) não posso deixar de referir aquilo que sinto ao trabalhar no terreno.

Todos falamos em inclusão. Todos gostamos de referir que queremos uma melhor inclusão. Mas quando chega à prática tudo muda (infelizmente).
Muitas são as vezes que, enquanto docente de EE, me são pedidas coisas, umas vezes exigidas outras vezes camufladas, que não vão de encontro à tão afamada “inclusão”.
Ter um aluno com NEE dentro de uma sala de aula não é “pera doce”. E ou estamos todos predispostos a trabalhar para e com esse aluno ou a tal dita inclusão é transformada em diferenciação.
As turmas são cada vez maiores (mesmos as com redução de alunos ao abrigo da lei nº3/2008) e os comportamentos dos nossos alunos estão cada vez piores. Os docentes estão cada vez mais desmotivados com mais trabalho e menos dinheiro e, além disto, com muito pouca formação em EE. E no meio disto tudo aparecem os alunos com NEE que necessitam de um trabalho específico mas não diferenciado dos restantes.
O que se passa hoje em dia da nossa escola está longe de se poder chamar inclusão. Ao docente de EE é pedido que “alivie” o trabalho dos restantes colegas retirando o aluno o mais tempo possível da aula, trazendo consigo algum “remédio milagroso” ou ocupando-o ao fundo da sala sem perturbar os demais.
Não há tempo para planificar e pôr em prática atividades em conjunto. Os docentes têm cada vez mais alunos e cada vez menos tempo para trabalhar em parceria.
Concordo quando dizem qua a barreira humana é um grande impedimento para termos a verdadeira inclusão.
Mas neste momento sinto que tenho colegas com vontade de trabalhar a inclusão mas a máquina “escola” não deixa. As políticas educativas têm que mudar e têm que dar, sem dúvida, prioridade à educação de todos para todos. Dando, talvez, alguma regalias ao docentes que trabalham com alunos com NEE, por exemplo: menos carga letiva e mais carga no trabalho individual que permita o tão necessário trabalho de partilha e planificação entre professores.

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